Seguro pirata: cuidado com a proteção veicular

Em maio de 2014, compartilhamos uma reportagem veiculada no Jornal Hoje, da Rede Globo, sobre cooperativas e associações que ofereciam um produto chamado de Proteção Veicular como se fosse um seguro tradicional de automóvel para seus clientes. A prática ilegal também vem sendo chamado de “Seguro Pirata”.

Muitas empresas já foram multadas pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) por venderem o produto sem autorização. O problema é que muitas delas ainda estão por aí, oferecendo esse “seguro” sem qualquer garantia de indenização e apoio para os acidentes cobertos. A SUSEP mapeou, no ano passado, quase 300 estabelecimentos que vendem a proteção em quase todos os estados nacionais.

São empresas que têm CNPJ, mas funcionam como uma cooperativa. Todos os clientes pagam suas mensalidades para formar um montante que vai cobrir os prejuízos de um consumidor que também contratou a proteção.

Segundo estimativas do mercado, mais de 1 milhão de motoristas em todo Brasil fizeram o “seguro pirata” para seus veículos e, com certeza, muitas dessas pessoas adquiriram essa suposta proteção acreditando se tratar de um seguro tradicional.

O problema para os consumidores aparece quando acontece um sinistro. Há diversos casos onde os consumidores estão há meses aguardando indenização por carros que foram roubados ou batidos como o do Cristiano, que ilustrou a matéria do Jornal Hoje, e da Miriam, que foi amplamente debatido no Programa da Tarde, da Record, com o apresentador Celso Russomanno.

Reação da Justiça

Em setembro do ano passado, uma operação realizada pela Polícia Federal fechou três empresas que vendiam proteção para carros e motos em Pernambuco. Mais de 7 mil clientes estavam na base dessas organizações, que não tinham autorização legal ou certificação da SUSEP para comercializar seguros. Em dezembro, o Ministério Público Federal obteve liminar para suspender outras duas empresas no estado.

Pesquise e denuncie

Ao se deparar com uma oferta de seguro de uma associação ou cooperativa, ou mesmo se tiver dúvidas sobre a procedência da empresa, visite a página da SUSEP. Lá, há uma área específica para pesquisar pelo nome da entidade e verificar se ela tem aval da superintendência.

Se não encontrar a empresa no site, desista do negócio e faça uma denúncia através do Fale Conosco da SUSEP. Assim você ajuda o mercado e ainda colabora para que futuros consumidores não sejam enganados.

Contrate com quem tem autorização. Procure sempre uma corretora ou um corretor de seguros que irá orientá-lo como contratar um seguro de verdade, que realmente proteja seu patrimônio.